- Discurso contundente, coerência questionável: a atuação de Claudinei do Vale na 37ª reunião ordinária •
Na 37ª reunião ordinária, realizada na data de hoje, o vereador Claudinei do Vale subiu à tribuna com um discurso marcado por firmeza e intensidade. O parlamentar fez uso de uma metáfora bíblica ao comparar gestões passadas do município à figura de Zaqueu, personagem do Novo Testamento conhecido por ser cobrador de impostos, acusado de “roubar” e defraudar o povo antes de seu arrependimento. Claudinei foi enfático ao cobrar que aqueles que cometeram os mesmos erros de Zaqueu “devolvam o que foi roubado, quatro vezes mais” e entreguem suas vidas a Jesus.
O discurso de Claudinei, embora corajoso e digno de reconhecimento pela força com que tratou a responsabilidade dos gestores públicos, esbarrou em contradições gritantes que não passaram despercebidas.
Ao mesmo tempo em que fazia duras críticas àqueles que “defraudaram o povo”, o vereador adotou uma postura passiva em relação ao colega Diemerson Porto, atual vereador e vice-prefeito eleito na chapa de Alberto Pires, prefeito que assumirá a gestão de Caeté no próximo mandato. Aleberto Pires, como se sabe, foi também vice-prefeito na administração passada, a mesma que Claudinei denuncia com tanto rigor e compara a Zaqueu. E tanto Diemerson Porto quanto Alberto Pires estão envolvidos no que pode ser um dos maiores escândalos de corrupção política das eleições municipais de 2024 no Brasil.
É inevitável a reflexão: como alguém pode denunciar com tamanha veemência as irregularidades de um governo e, ao mesmo tempo, poupar aqueles que estavam ao lado de quem é criticado? Se Alberto Pires esteve diretamente envolvido com a gestão que Claudinei condena, não seria, por coerência, parte do mesmo problema?
Claudinei ainda parabenizou Alberto Pires, mostrando confiança de que sua administração será positiva. Contudo, aqui surge uma pergunta incômoda: não seria Alberto Pires e Diemerson Porto uma espécie de “Zaqueu 2.0”, conforme a crítica do próprio Claudinei? Afinal, se o vereador denuncia a gestão passada, seja pela FESTA DO PIX, seja pelos dois processos de improbidade administrativa, ou seja por qualquer outro motivo que apenas ele sabe, é preciso coerência ao questionar todos os agentes envolvidos, sem distinções ou omissões.
Por fim, o discurso forte de Claudinei deve ser reconhecido por tocar em questões sensíveis e cobrar a reparação dos danos que tanto afetam a população. Mas, para que a crítica seja verdadeiramente respeitada e tenha impacto, a coerência precisa prevalecer sobre alianças políticas e discursos seletivos. O povo merece a verdade por inteiro, e não apenas recortes convenientes de indignação.
- Caeté em Dados, 17 de dezembro de 2024 •
Caeté é janela com tramela.
Sinceramente inteligência falta em nosso município aqui impera é o olho por olho dente por dente e cada um que cuide do próprio umbigo e o resto que se dane, tanto que vi a tribuna ser mais utilizada para discussão de atritos pessoais do que de cunho político em prol desse povo que também prefere o chicotear de línguas ao lutar por direitos! Um bando de adulto mimado que quando o coleguinha fere com apelido, esquecem-se que estão envolvidos na administração de uma cidade e se entregam ao bate boca desnecessário de julgar escolhas pessoais do coleguinha, que assim como qualquer um não tem a obrigação de prestar contas da vida pessoal pra ninguém, enquanto isso a máquina pública fica na mão de crianças crescidas e mimadas que não resolvem o indispensável por perder tempo com por menores!