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Reunião de Vereadores em tom de deboche, risadas e muita pressa para terminar

Após serem protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção eleitoral do Brasil, nas eleições municipais de 2024, Vereadores de Caeté demonstraram desrespeito e deboche.

Na 36ª reunião ordinária da Câmara Municipal de Caeté, um episódio de total desrespeito à população e aos princípios da democracia foi testemunhado. Em uma reunião que durou meros 24 minutos, os vereadores transformaram o encontro em um espetáculo de deboche, repleto de risadas e atitudes descompromissadas, evidenciando uma clara indiferença perante as questões sérias que assolam o município.

Metade do tempo foi ocupada por um único vereador, Fulvio Brandão, que, em um discurso recheado de agradecimentos ao seu próprio mandato, se dedicou a “encher linguiça” por 12 minutos, sem apresentar propostas ou discorrer sobre assuntos relevantes para a cidade – talvez porque ele também tenha o “rabo preso”, pois respondeu administrativamente por “falhas na administração pública” enquanto era presidente da cãmara, e quase foi cassado por unanimidade dos colegas, sendo salvo no último momento por uma liminar da justiça.

A falta de seriedade foi tamanha que os demais vereadores optaram por apressar o encerramento da reunião, cortando até mesmo partes importantes como os discursos de liderança e as conclusões finais, que normalmente servem para discutir o andamento de projetos e as demandas da população.

Este episódio, de um tom tão leviano e apressado, ocorre justamente na primeira reunião após o escândalo de corrupção eleitoral que envolveu alguns dos vereadores, o prefeito e o vice eleito, que se tornaram manchetes nos principais canais de mídia do Brasil durante a semana. O envolvimento desses políticos em fraudes que mancharam a eleição local, evidenciado por investigações e denúncias, deveria ser tratado com seriedade e dedicação por todos os representantes da Câmara Municipal. No entanto, a reunião demonstrou que a certeza da impunidade é tão grande entre os envolvidos que sequer se importaram em dar explicações ou esclarecer qualquer questão à população que os elegeu.

Mais grave ainda foi a omissão dos vereadores que não estavam diretamente envolvidos no escândalo. Ao invés de se posicionarem e cobraram esclarecimentos, ficaram em silêncio, sem demonstrar qualquer indignação ou empenho em buscar respostas. A omissão e a falta de comprometimento dos representantes públicos, diante de um fato tão grave, refletem uma profunda negligência com o povo de Caeté.
A última sessão de risos e risadas foi um claro reflexo da pressa em encerrar a reunião. E, com isso, mais uma vez, os vereadores mostraram que a cidade e suas necessidades urgentes estão longe de ser prioridades. Em vez de se preocupar com a crise política e moral que abala Caeté, os políticos preferiram fazer uma “reunião relâmpago” que mostrpu o quanto a seriedade da política local foi abandonada.
É imprescindível que a população de Caeté cobre mais respeito, mais seriedade e mais comprometimento dos seus representantes.
Se a reunião de ontem foi uma demonstração de como os vereadores enxergam sua função pública, é urgente que um novo olhar sobre a política municipal se faça necessário. A cidade merece mais do que risos e descaso.

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