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Lucas Coelho será o 1º Prefeito de Caeté a se tornar inelegível por improbidade?

Pela primeira vez na história de Caeté, um prefeito no exercício do cargo tornou-se réu no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Lucas Coelho Ferreira, que atualmente ocupa o posto de governante da cidade, será julgado no dia 4 de fevereiro de 2025, já após o término de seu segundo mandato. O processo, que envolve acusações graves de improbidade administrativa, levanta questionamentos sobre a influência política que ele pode estar exercendo para retardar o julgamento.

As denúncias contra Lucas Coelho dizem respeito ao uso indevido de recursos públicos. Durante dois meses, veículos oficiais, motoristas e combustível pagos com dinheiro público foram utilizados para levar e buscar os filhos do prefeito em uma escola particular localizada na cidade vizinha de Sabará. Diante disso, o Ministério Público não apenas denuncia o uso indevido do dinheiro da população, mas também pede que o prefeito seja condenado à prisão, ao ressarcimento dos valores desviados e à perda de seus direitos políticos, tornando-o inelegível.

Chama atenção o fato do julgamento estar programado apenas para depois do término do segundo mandato de Lucas Coelho. Essa coincidência levanta suspeitas sobre uma possível influência política do prefeito, que é conhecido por ser aliado de figuras poderosas do cenário político estadual e nacional. Por que o processo não foi julgado antes, ainda durante seu primeiro mandato? Será que esse atraso deliberado permitiu ao prefeito consolidar sua influência no poder, preparando o terreno para que seu grupo político continue a comandar a cidade através da candidatura de seu vice?

Outro ponto que merece destaque é o impacto do julgamento na política local. Caso a sentença seja desfavorável ao prefeito, o Ministério Público ainda poderá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. Contudo, o tempo de tramitação e o desfecho do caso permanecem uma incógnita. Até lá, Lucas Coelho segue como um exemplo polêmico de como o poder pode ser utilizado em benefício próprio, enquanto a população de Caeté aguarda respostas e justiça.

Este caso não é apenas uma questão judicial; é também um teste para as instituições brasileiras e para a capacidade de se combater a impunidade, principalmente em cidades menores, onde redes de influência e poder político tendem a ser mais difíceis de romper.
Será que o Tribunal de Justiça dará uma resposta à altura ou Caeté continuará refém do uso político de recursos e cargos públicos?

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