Imagine acordar com 4 milhões de reais caindo na sua conta do dia para a noite. Seria um sonho, não é? Algo digno de uma Mega da Virada antecipada. Mas e se esse valor fosse tirado do orçamento público, aprovado às pressas, sem explicações claras ou o devido processo legal? Ainda pareceria um bom negócio? Foi exatamente essa sensação de surpresa – só que nada agradável – que pairou sobre a Câmara Legislativa hoje, 27 de dezembro, com a tramitação relâmpago do Projeto de Lei 052/2024.
Esse projeto, que prevê a abertura de um crédito suplementar no valor milionário, quase 4 MILHÕES de Reais, trouxe consigo uma série de irregularidades e atropelos regimentais, levantando graves suspeitas sobre a verdadeira intenção por trás de sua aprovação. A pressa, neste caso, não só gerou desconfiança, como também evidenciou a fragilidade de um sistema que deveria prezar pela transparência e pelo respeito à sociedade.
Descumprimento Regimental e Falta de Transparência
Conforme apontaram os vereadores Serginho (PP) e Fúlvio Brandão (PSOL), a tramitação do projeto atropelou o Regimento Interno da Casa. O projeto foi protocolado às 17h16 de ontem, sem cumprir o prazo mínimo de 24 horas para publicação e acesso prévio dos parlamentares e da sociedade.
Além disso, não foram disponibilizados documentos essenciais para a análise, como o parecer contábil, jurídico e das comissões. A falta de assinaturas nos pareceres e a absurda data de 27 de agosto em um documento que deveria ser referente a um projeto recebido em 26 de dezembro são indícios claros de irregularidades.
A situação foi agravada pela realização de uma suposta reunião de comissões feita por telefone, em flagrante desrespeito às normas do legislativo. O relator da comissão, vereador Nita (AVANTE), sequer estava presente. Como é possível elaborar análises técnicas e pareceres consistentes em tão pouco tempo e sem um debate adequado?
Pressa Suspeita e Manobras Políticas
O presidente da Câmara, Tequinho (AGIR), justificou a recusa ao pedido de vistas feito por Fúlvio Brandão (PSOL), alegando “falta de tempo hábil”. Entretanto, o que fica evidente é a tentativa da base governista de aprovar o projeto às pressas na última reunião do ano, evitando questionamentos e debates mais profundos.
A pressa em mexer em um orçamento de quase 4 milhões de reais, somada às inúmeras irregularidades no processo legislativo, levanta suspeitas legítimas: o que há por trás da urgência? Quem se beneficia com a aprovação às pressas de um projeto tão significativo?
Encerramento Conturbado e Tentativa de Silenciamento
Diante das irregularidades, Serginho (PP) e Fúlvio (PSOL), deixaram a reunião, o que resultou na falta de quórum e obrigou o encerramento da sessão. No entanto, o que se seguiu foi um episódio ainda mais preocupante. Durante o bate-boca que se instalou, a transmissão das imagens foi interrompida, restando apenas o áudio da discussão. Alguns vereadores daquela Casa parecem ter esquecido que Transparência não é apenas um princípio ético; é um dever do poder público.
A Câmara Deve à Sociedade Respostas e Respeito
A tentativa de aprovar o PL 052/2024 da forma como foi conduzida não é apenas uma afronta ao Regimento Interno; é uma afronta à sociedade. Um orçamento milionário não pode ser tratado com tamanho desdém pelas regras e pela transparência.
A população precisa exigir explicações claras e uma apuração rigorosa sobre o ocorrido. Por que tamanha urgência? Por que desrespeitaram os ritos legislativos? A pressa, neste caso, parece ser inimiga não apenas da transparência, mas da própria democracia.
Nosso compromisso como veículo independente é continuar fiscalizando, denunciando e cobrando ações éticas e responsáveis. A sociedade não pode aceitar que decisões tão importantes sejam tomadas à sombra da pressa e da falta de diálogo.
Caeté em Dados, Leonam Senun – 27 de dezembro de 2024
A wonderful serenity has taken possession of my entire soul, like these sweet mornings of spring which I enjoy with my whole heart. I am alone, and feel the charm of existence in this spot, which was created for the bliss of souls like mine. I am so happy.
my dear friend, so absorbed in the exquisite sense of mere tranquil existence, that I neglect my talents.
I feel that I never was a greater artist than now. When, while the lovely valley teems with vapour around me, and the meridian sun strikes the upper surface of the impenetrable foliage of my trees, and but a few stray gleams steal into the inner sanctuary.