Alberto Pires está para Lucas Coelho, tal qual a Dilma esteve para Lula, e a prova disso são os secretários
O “Novo” secretariado de Alberto Pires constata o óbvio: nada novo sob o sol.
O prefeito Alberto Pires anunciou, nesta quinta-feira (2), os integrantes de seu secretariado para o próximo mandato, mas a composição revelou o que muitos já esperavam: nenhuma grande novidade.
Com secretarias preenchidas, gabinete, e autarquias, o time é formado majoritariamente por figuras recicladas do antigo governo, em que Alberto era vice do ex-prefeito Lucas Coelho. As mudanças, quando existem, são praticamente de cadeiras – os mesmos nomes, mas em cargos diferentes, e até existem as cadeiras que o assento não ficou desocupado um segundo sequer, e permanece o mesmo secretário.
Fica claro que, embora Lucas Coelho tenha deixado o cargo oficialmente após dois mandatos, sua influência permanece como uma sombra onipresente. Ao emplacar Alberto Pires como sucessor, Lucas garantiu, de maneira extraoficial, o que pode ser chamado de um “terceiro mandato’. Alberto, nesse contexto, parece estar para Lucas assim como Dilma esteve para Lula: um sucessor que mantém a continuidade, mas com pouco brilho próprio.
A relação entre Alberto e Lucas, no entanto, vai além da mera analogia política. A comparação que circula nas ruas é mais ácida: Alberto Pires seria como “Tio Paulo”, a figura caricata da história popular que foi levado morto para assinar documentos no banco. Em outras palavras, um líder inerte, que apenas assina papéis enquanto o verdadeiro poder continua nas mãos do ex-prefeito.
O novo secretariado, mais do mesmo, reflete essa dinâmica. Com nenhum nome que inspire inovação ou renovação, o governo de Alberto Pires já começa sob o peso das expectativas frustradas. Para uma cidade que precisa de novas ideias e soluções, o que se apresenta é a repetição de uma fórmula que, para muitos, já se mostra desgastada.
Leonam Senun, Caeté em Dados – 03 de janeiro de 2025
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